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Neste artigo pretende-se analisar certos xingamentos utilizados por falantes do dialeto alemão hunsrückisch de uma comunidade rural da região noroeste do Rio Grande do Sul. À luz da concepção psicolinguística de Steven Pinker (2008) sobre o xingamento e da teoria do inconsciente social de Erich Fromm (1992), pretende-se analisar as formas arcaicas destes xingamentos e buscar em que medida ainda mantêm conexões com estímulos do pensamento medieval retido no inconsciente social desta comunidade.
Particularmente devido às inovações técnicas, estamos testemunhando uma realidade sem limites crescente que se reflete cada vez mais em um esforço interno para nos livrarmos das limitações e fronteiras de nossa própria personalidade, reconstruindo-a novamente. Essa busca des-limitação, dissolução e indefinição dos imites é vista como um traço de caráter central do caráter social Ego-orientado. Tal fabricação de uma personalidade ilimitada sem dúvida resulta em um enfraquecimento de tais habilidades psíquicas como experimentar a si mesmo como uma entidade consistente e ambígua, estar emocionalmente ligado a si mesmo e aos outros, sentir seus próprios esforços, afetos e emoções, e ser guiado por alguém normas e valores internalizados. Por fim, discute-se o impacto dessa formação de caráter no que diz respeito às questões clínicas e terapêuticas.
Como interpretar os sonhos
(2013)
Prefacio
(2013)